Voltei.

janeiro 12, 2017

Eu estou com 28 anos e não me lembro quando criei este blog. Na época da faculdade, talvez? Poderia dar uma olhadinha no primeiro post e descobrir, mas ah…Só sei que terei pelo menos uma leitora nesse momento, a Chloé e talvez você que caiu aqui por acaso. Conto com a Chloé porque eu vou mandar o link pra ela e ela é minha amiga e amiga serve pra isso. Se acaso eu tiver coragem e mandar esse link pra outras amigas, please, não fiquem loucas! Citei a Chloé porque esse blog, desde o seu início tem a ver com ela de um modo que não sei explicar, mas deixa isso pra depois.

Estou com 28 anos e nunca me imaginei assim, meio perdida. Morei sozinha, tive minha grana, fiz o que quis e também o que não quis, porque isso faz parte da vida adulta. To desempregada faz um ano. É bodas de ? Bom… Faz um tempo que eu pensei em reativar isso aqui. Pensei em excluir textos, editar, mas não. Vai ficar tudo aqui, errado, complexo e dramático como eu fui e ainda sou e vamos combinar, o passado a gente já sabe que não dá pra mudar.

Ainda não sei bem sobre o que quero escrever. Tem um tema que me persegue durante a vida toda que não, não é amor, calma! É beleza. Isso. Beleza, senso estético, o feio e todos os derivados dessa palavrinha que me persegue, no seu mais amplo sentido.

Mas hoje especificamente quero falar de uma coisa que aconteceu dentro de mim. Uma chave que girou, um botão apertado ou uma ficha que caiu. Desde o fim de 2016 (O ano) algo mudou dentro de mim de uma maneira que eu não sei muito bem como explicar. Eu simplesmente gostaria de  melhorar quem eu sou mas não consigo ser nada diferente do que sou. Dizem que a gente vai ficando mais velho e vai perdendo o “filtro” das coisas e talvez seja isso. Se bem que não me considero nem velha demais, nem nova demais…tá osso.

Mas eu to explicando tudo isso aqui pra que você, Chloé, ou qualquer outro ser humano que está lendo esse texto (e eu agradeço desde já) que tudo o que vem a partir de agora vem de uma Suzana de chave girada, se é que você me entende. Alguma coisa aconteceu aqui dentro e eu não to conseguindo ser nada, absolutamente nada diferente do que realmente, genuinamente sou. Ainda que eu concorde com você que tenho mil coisas pra melhorar… não tá rolando. Ainda bem que minha fé ainda me diz meus limites, mas minha religião…ai gente, desculpa, nem quero tocar nesse assunto, posso? É um bagulho muito doido! Um dia, quem sabe eu tente falar disso…Já perdi o fio da meada.

Por fim, quero voltar a escrever. Quero um dia escrever um livro! Hahaha. Tentei criar outro nome pra esse blog, mas Escrevendo Horrores é realmente a minha cara.

Considere esse um texto informal, talvez um prólogo daquilo que eu realmente quero dizer.

Desejo a você, leitor e Chloé, que a leitura seja agradável ainda que (com certeza) de textos leigos sobre o belo e afins. Sobre qualquer coisa que eu achar que vale a pena escrever.

Tomara que isso dê em algo, pelo menos pra mim!


novembro 11, 2011

Um sempre sai melhor do que o outro no fim. É natural e não me espanto que ele esteja bem melhor do que eu hoje, ou pelo menos parece estar. O que me instiga agora, não é quem literalmente saiu melhor e sim o porque que eu ainda sou a mesma pessoa…  ridículamente a mesma pessoa.

Claro que todo mundo, mas sabe aquela coisa que vive tão intensamente dentro de você que não te abandona nem quando você a expulsa?

Pode ser prepotência minha, sei lá, mas ultimamente tenho me sentido inocente! Parece que eu sabia de tudo ha um tempo atrás e hoje eu me sinto tão nova, tão frágil, tão burra! Com medo de viver outra coisa da minha vida, que não tá lá essas coisas.

Queria aprender as malícias da vida apesar de acreditar bastante que a ignorância é uma virtude.

Essa inocência ou ausência de racicínio. Não to fazendo papel de vítima muito menos revogando um amor antigo que aff, nem tem mais o que revogar, nem quero revogar, na verdade o papo do fim era só pra usar de comparação da minha própria vida, mas ninguém vai ler isso com esses olhos a não ser eu mesma.

Tão dura. Tão recatada. Tão burra.

Estou me sentindo burra.


Um sonho

outubro 29, 2011

Cheiro de sabonete, lençóis fresquinhos de algodão. Algodão doce, bolo de brigadeiro e marshmallow. O sofá da minha casa, um beijo bem gostoso, fresquinho de banho gelado, cheiro de banho, sabonete, bolo de brigadeiro e pés descalços no quintal com sorvete e claro, olhando o céu.


Inconclusiva

outubro 18, 2011

Não é saudade, não é vazio, não é ansiedade, não é dor, não é amor, não é paixão, não é amizade, não é desejo, não é vontade não é vontade?

Isso é vontade sim.

Vontade de querer, de sentir, de tocar, de sorrir, de ver, de trocar, de doar, de receber, de viver, de saber o que se passa com você, de entender o que se passa em minha mente que é tanto não quanto sim, quando o assunto é definir o que você é pra mim.

 


Guarda-roupas Estampado

outubro 8, 2011

Um guarda-roupas todo cheio de estampas. Peças que antes ela pensava que transmitiam personalidade, hoje são no mínimo escalafobéticas. Algumas calças jeans e blusinhas estampadas, um monte de vestidos também estampados, uma jaqueta jeans branca com uma mancha de nanquim adquirida numa aula de desenho, dois pares de all-star praticamente da mesma cor (e sujos), casaquinhos de moletom e daquele tecido que junta um monte de bolinhas e por fim, uma vontade imensa de mudar o lado de fora.

Ela foi ao shopping decidida a comprar alguma peça básica, sem listras, flores, detalhes ou coisa alguma. Uma peça lisa, bonita, que fosse tipo um coringa. Um pretinho básico, uma regata branca, uma camisa, uma jaqueta descente, até mesmo brincos que não fossem de corações, pimentas, flores, borboletas. Uma, só UMA peça básica.

E no meio de uma loja imensa, desanimada, concluiu : “Logo agora que eu queria ser clássica, vem a primavera e enche tudo de flores.”


setembro 28, 2011

As vezes tenho a sensação de que se imagino algo muito bom, essa coisa nunca vai acontecer. Por isso, evito de ficar imaginando as coisas que meu coração mais deseja.

Eu sei, que a gente que faz o nosso futuro, que se a gente tem um objetivo precisamos caminhar até ele. O problema (ou não) é que hoje eu quero uma coisa que não posso “caminhar” para alcançar. É um sentimento estranho, um sentimento guardado pro futuro. Um sentimento impossível aos meus olhos, mas quem sabe aos de Deus, não.

Eu sou a pessoa que mais incentiva as outras pra que não adiem sua felicidade, nem por covardia, nem por orgulho. Se algo provavelmente te fará feliz, é melhor ir atrás, tentar a sorte, dar as caras, mas tem coisas que é melhor não fazer justamente pra se proteger das mágoas.  As vezes não pedir aquilo que queríamos, não falar aquilo que está engasgado na garganta, pode nos poupar um sofrimento. Aquele velho papo de que não adianta bater na mesma tecla.

Porém, eu quero um mesmo assunto só que renovado. Mas agora não é o momento de caminhar até o meu objetivo, pois quero me proteger de uma possível mágoa.

Ai ai… Ansiedade, pára de perseguir?


Estátua de Sal

setembro 24, 2011

Entre crises de ansiedade, sonhos estranhos e muitos pensamentos em Deus, me sinto bem melhor.

Olhar pra trás pode não ser bom, ainda mais quando o melhor é destruir o que passou. A esposa de Ló virou uma estátua de sal, ao olhar pra trás e ver a destruição de sua cidade e das coisas materiais que havia conquistado.

Eu era uma estátua de sal e justamente por ficar olhando pra trás e me “congelar” não vi de fato a destruição do passado. Parada, olhando pra trás, estática em todos os quesitos. Por que?

Eu demorei pra entender que era preciso destruir o passado, não com minhas próprias mãos, claro. Mas deixar aquele passado já destruído, ser varrido de dentro da minha mente.

Podemos repensar uma atitude do passado e refazê-la, no futuro. As situações não se repetem. As coisas, pessoas e sentimentos são únicos, nós é que temos mania de achar que o que foi bom antes deve se repetir. Isso no fundo é não almejar o melhor, é se contentar com o que já teve, com o passado.  As misericórdias de Deus se renovam sobre nossas vidas a cada manhã e ainda assim nós insistimos em criar uma rotina pra conquistar o que de melhor desejamos.

O sentimentos são construídos a longo prazo e acredito que não há mal algum lembrar com alegria daquilo que já se fez ou com tristeza do que já se foi, mas somente LEMBRAR.Voltar seus OLHOS, OLHAR PRA TRÁS, voltar-se em direção ao passado, já não é tão saudável assim.

Será que você é uma estátua de sal que não quer ver seu passado destruído?

Eu demorei um pouco pra entender e aceitar, mas Deus destruiu meu passado. E agora eu sou bem mais presente.

 


setembro 12, 2011

As vezes eu faço da minha vida uma literatura. Fico narrando cada passo que dou, escrevo rubricas e até coloco cacos. Uma maneira de fantasiar a vida, sei lá, mas tudo isso na cabeça.

E eu fico pensando na minha vida como se eu fosse um personagem de mim e tenho que construir soluções mirabolantes pros meus problemas…hum….enfeitados? Tem alguma coisa errada..

 


Um caminho

agosto 27, 2011

Hoje precisei ir ao meu antigo colégio, o Antunes. Resolvi então fazer o caminho que fiz durante muito tempo. E da minha casa atual fui até a minha casa antiga, o 26. Nunca achei que um simples caminho ia me deixar tão embriagada de mim mesma, emocionada, feliz e…

A cara da casa que eu vivi até os 17 anos não é mais a mesma, óbvio. O que me assustou foi a fachada da fábrica da frente ter sido pintada de marrom e pior, só uma pequena parte daquela paredão foi pintado, as outras partes continuam descasdadas de umas 3 camadas de tintas antigas…

Passei pela casa da esquina que em 17 anos foi a casa da minha vó, da minha tia, de vário inquilinos, do meu namorado, do meu ex-namorado e que hoje é a casa de uma família que amo e que a mantém com características originais da minha lembrança. Essa mesma rua, meu Deus, parece que foi esquecida no tempo! A calçada todinha suja, encardida. As casas com a mesma aparência, talvez até que repintadas, mas sempre da mesma cor. O posto da esquina seguinte fechou.

Passei pela frente da casa de várias amigas e lembrei das várias manhãs que toquei campainhas, bati palmas, ou simplesmente esperei na frente para que fossemos até a escola, morrendo de sono! Na mesma rua lembrei das várias vezes que a minha amiga Paula chegava mais cedo no colégio e ia me buscar em casa e eu a encontrava no meio do caminho… era uma sensação tão boa! Passei em frente a casa da Ana Paula (um dia sua casa foi verde, né?) e hoje a casa dela é rosa e tem um dálmata lindo dormindo na porta. Passei em frente a casa da Mariana, da casa da vó da Camila, na frente da casa da própria Camila, em frente a rua da casa do Artur, do Cauã (acho que ele morava por lá tbm). E as calçadas e as pinturas da maioria das paredes, paradas no tempo tanto quanto eu.

Claro, muito claro, nítidamente lembrei de quase tudo que vivi na escola! De quando na quinta série nenhuma menina queria ser minha amiga, de quando conheci a Paula e a gente dançava na hora do intervalo. Só não consegui lembrar de como fiquei amiga da garota mais popular do Antunes: A Marcela! Mas eu lembro de tanta coisa com ela…mas são tantas que eu não consigo nem resumir. Daria um livro com certeza!  Ela era realmente muito mais pop do que eu. Todos os caras eram afim dela, todas as meninas queriam ser amigas dela ela sempre estava envolvida nos badados e UAU! eu adorava ser amiga da garota popular da escola, porque ela era algo que eu nunca poderia ser naquele colégio! hahahahaha Lembro da Mayara (que já casou!!!!) e do quanto ela me ajudou a ser um pouco mais crítica no que diz respeito as minhas próprias vontades… Lembro do dia que cheguei namorando o Romulo na escola, e me sentia a “mulher” mais feliz do mundo com meu primeiro namorado nerd! hahahahahahahah E fiz amigos nerds… e virei amiga do Jaum! O Jaum que fala comigo até hoje e me sacaneia pq eu falo sem parar. Numa outra ocasião, diria tudo isso pra ele em vez de postar aqui! hsiauhsiuhaiushiu

A gente cresce, né? Eu demorei bastante pra crescer em alguns aspectos, mas cresci.

Não sei se eu sou patricinha, maloqueira, (quase) nerd, falsa, verdadeira… sei lá. Eu sei que as pessoas citadas aqui estão no meu coração e ocupando a parte positiva dele. E quero que saibam que eu sou assim mesmo… distante! Podem perguntar pra Mariana Bertoleti… eu sumo, desapareço MESMO! Mas quem um dia eu chamei de amigo, é meu amigo mesmo!

No Antunes eu volto semana que vem, nessas ruas eu espero não passar tão cedo… algumas lembranças ainda  aceleram demais meu coração, e eu sou muito nova pra ter taquicardia.


julho 11, 2011

Odeio relacionar o que escrevo com o que vivo. Escrever nas entrelinhas mais óbvias que vivo aquilo que digo, de alguma maneira, me entrega e eu não quero me entregar. Olha aí! Tá vendo? Já comecei a relacionar…